O movimento antivacinação é um fenômeno relativamente novo que tem preocupado o mundo científico, segundo um relatório recente da organização Mundial de Saúde (OMS), o crescimento deste fenômeno configura um dos dez maiores riscos atuais sobre a saúde global. O movimento teve início em 1998, a partir de um estudo publicado na revista científica The Lancet pelo médico britânico Andrew Wakefield. No estudo, Wakefield relacionava o aparecimento de autismo com a vacina tríplice viral. A partir da publicação e de uma grande reação da imprensa inglesa, foi detectado um grande medo na população sobre a segurança das vacinas, fator este compartilhado de forma viral nas redes sociais da Inglaterra, o que, por sua vez, resultou em uma queda alarmante no número de vacinações no país. Rapidamente as notícias se espalharam pelo mundo, dando início a um movimento antivacina liderado por diversas entidades. Apesar da publicação do estudo ter sido realizada em uma revista científica de respeito, estudos posteriores mostraram que o estudo realizado por Wakefield não tinha fundamento, bem como o médico não possuía autorização para a realização de testes clínicos. Posteriormente ainda, foi descoberto que o pesquisador havia manipulado dados para beneficiar sua teoria.

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